sexta-feira, 4 de abril de 2014

UEM comemora início do Mestrado em Agroecologia

A UEM promoveu a Festa de Abertura do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia, Mestrado Profissional, nesta sexta-feira, dia 4. Aprogramação se iniciou com o café na roça recheado com produtos da agricultura em base ecológica. Durante a solenidade de abertura, a coordenadora do Programa, Kátia Freitas Schwan Estrada, comentou sua alegria pelo momento de realização do sonho que nasceu no coração do professor Ozinaldo.
Disse ainda que os agricultores são incentivo e referência para os professores.

O coordenador-adjunto do curso, José Ozinaldo Alves de Sena, destacou a conquista e a luta da agroecologia. Falou que, há mais ou menos dez anos, havia um dito popular que retratava os que trabalhavam com a agroecologia como doidos ou bandidos. “Descobri que quem trabalha com a agroecologia é um apaixonado, tem coração agroecológico”. Márcio Miranda, do Centro Paranaense de Referência e Agroecologia, citou que o curso da UEM vem atender uma demanda do setor que trabalha contra a corrente. Para ele, a agroecologia é uma alternativa importante, fundamental e capaz de promover a agricultura sustentável, sem ferir o meio ambiente e oferecer produtos sem contaminação.

O diretor do Centro de Ciências Agrárias, Júlio Damasceno, destacou que nem todo mundo é um elemento ativo para mudar a história e que os professores Kátia e Ozinaldo trabalharam ativamente na construção da história do curso. 

O pró-reitor de Extensão e Cultura, José Gilberto Catunda Sales, comentou que nossa região é conhecida como agrícola forte e que nem tudo que se produz é com qualidade. Segundo ele, a universidade é o único local para receber esses ruídos e transformar a realidade.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Mauro Ravagnani, informou que este curso é o quinto mestrado profissional da UEM. Lembrou que, nos anos 2000, havia preconceito contra esse tipo de programa, que atua em nichos específicos e busca soluções para problemas reais e não só acadêmicos. Disse que ele não compete com os programas acadêmicos e que permite aproximação com o mundo real. O vereador Humberto Henrique falou sobre os problemas ambientais de Maringá, má conservação ambiental, lixo, destinação correta de resíduos, conscientização ambiental, dengue. Parabenizou o curso e o produtor Lauro Wittmann, dizendo que é possível a produção de alimentos saudáveis num modelo produtivo diferente.

O reitor Júlio Santiago Prates Filho, ao citar que o momento era importante e de alegria, definiu a universidade como sendo humilde, solidária, empreendedora, ousada e capaz de superar crises, dificuldades e ameaças. Além disso, é contemporânea, ao colocar em pauta os problemas atuais. Para ele, somente uma instituição de alto índice de qualidade faz a interação com o setor produtivo e cumpre seu papel de superar os desafios colocados pela sociedade. Nesse sentido, citou a adesão à Rede de Saúde Bucal, com aporte de R$ 1 milhão, e a futura adesão à Rede de Saúde Mental. O reitor também falou sobre o número de mestrados que quase dobrou em sua gestão e sobre a criação de várias residências e mestrado profissional, beneficiando a sociedade.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, João Carlos Gomes, não compareceu. A aula inaugural foi ministrada pelo pesquisador Sílvio Aparecido Lopes, do Fundecitrus, de Araraquara, e coordenador do melhor mestrado profissional do Brasil. Ele discorreu sobre o mestrado profissional.

A festa contou também com atividades artístico-culturais com bolsistas do Núcleo de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, rádio teatro novela focado na agricultura familiar em base ecológica, homenagem à família Wittmann, de Jandaia do Sul, produtores orgânicos tradicionais da região, e lançamento do personagem Seu Lauro que promoverá a produção agroecológica familiar. Também houve depoimentos de agricultores.

O mestrado da UEM começou em março deste ano com 28 alunos, com aulas às sextas-feiras de manhã e à tarde e aos sábados de manhã.

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